Uma biografia de Adele não poderia sair em hora melhor. A inglesa é a cantora número um do mundo hoje, a maior vendedora de música no planeta em 2011, seja em CD, seja em download.
Já lançou dois ótimos álbuns de soul, ou melhor, de novo soul, como quer a crítica. Parece ser uma garota fofa e demonstra ter surgido para reinar por muito tempo.
Mas basta abrir "Adele", escrita pelo jornalista de celebridades Chad Newkey-Burden, para perceber que a obra no papel não faz jus ao talento inegável da estrela.
O fato de a moça ter 23 anos e levar uma vida longe de escândalos, vá lá, pode não oferecer combustível para uma biografia quente, mas o autor piora muito as coisas.
O texto é tão elogioso que pode enjoar. Os depoimentos de parentes e amigos transformam-na na melhor pessoa do mundo: boa filha, grande amiga e aluna nota dez.
Apesar da verdadeira glorificação em capítulos, a vida de Adele está ali. Filha de mãe solteira, moleca fã das Spice Girls, aluna de uma prestigiosa e moderninha escola de artes e, é claro, dona de uma voz irretocável.
Sua trajetória é simples e direta. Grava, ganha prêmios, grava de novo e mais prêmios aparecem. Há também espaço para uns namoricos e muitas declarações dela para seus ídolos e motivadores.
Surpreende que entre eles esteja a americana Pink. De resto, o esperado: Amy Winehouse, Aretha Franklin e Mary J. Blige. Todas ganhando um caminhão de elogios.
Mas "Adele" não é desprezível. Quem conseguir vencer o texto ruim terá uma boa ideia da carreira da estrela. Na falta de fonte melhor, vai saciar a curiosidade da cada vez maior legião de fãs.
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